A Agricultura Biológica é um modo de produção agrícola que visa produzir
alimentos e fibras têxteis de elevada qualidade, sem recurso a produtos de
síntese química obtidos laboratorialmente (como adubos, pesticidas,
praguicidas, ...) mas a processos naturais e ao uso adequado de métodos
preventivos e culturais, como as rotações, a adubação verde, a compostagem, as
consociações, processos de captura de pragas (por ex. garrafa mosqueira) e a
instalação de sebes vivas. Desta forma procura fomentar a melhoria da
fertilidade do solo e a biodiversidade.
Em Agricultura Biológica, não só não se recorre à aplicação de pesticidas e
de adubos químicos de síntese como, também, não se recorre ao uso de organismos
geneticamente modificados. Ao evitar a utilização de químicos de síntese, evitam-se
resíduos químicos nos alimentos sendo salvaguardada a saúde do consumidor, além
de proteger a saúde dos produtores, e preservar o ambiente da contaminação de
poluentes. O que não acontece nos sistemas intensivos de agropecuária, os quais
são, em grande parte, responsáveis pela
actual carga de poluentes sobre os solos e as águas.
A produção animal biológica rege-se por normas de ética e respeito pelo
bem-estar animal, não recorrendo ao uso de antibióticos nem de hormonas como
promotores de crescimento; pratica-se
uma alimentação adequada à fisiologia do animal e proporcionam-se condições
ambientais que permitam aos animais crescer em ambientes naturais.
A Agricultura Biológica é também conhecida como “agricultura orgânica”
(Brasil e países de língua inglesa), “agricultura ecológica” (Espanha,
Dinamarca) ou “agricultura natural” (Japão).
Na Europa, a Agricultura Biológica é alvo de legislação específica,
estabelecendo normas detalhadas cujo cumprimento é controlado e certificado por
organismos acreditados para o efeito. Os produtos de Agricultura Biológica são
reconhecidos pelo logótipo europeu de Agricultura Biológica.
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